Jornalismo político com banco de dados

Jornalismo Político com Banco de Dados

 

JA FAZ Muito ritmo Que o Jornalismo de Dados E Realidade UMA. uma era digital, Que Hoje vivenciamos facilitou e disseminou Seu USO nn Mais Variados Meios de Comunicação e, sobretudo, na internet. Um diretor atribuição SUA E fornecer Elementos Parágrafo Pesquisa UO Produção Jornalística POR UMA Ampla Meio de base, Acessível, continua e segura de Informações; facilitando Localidade: Não apenas UMA Atividade Jornalística Como também hum Exercício FUNDAMENTAIS uma cidadania: o Livre Acesso AOS CONTEÚDOS de INTERESSE Público e Instituições Como Opaco representam a Sociedade.

E apesar de Nao Ser o Mais virtuoso, poucos temas remetem Tanto AO INTERESSE Público Quanto o Político. O Jornalista José Roberto de Toledo Atua na Cobertura Politica HÁ Mais de 20 Anos ee colunista nenhum Jornal O Estado de São Paulo, Onde coordena o Trabalho de . Jornalistas e Programadores nenhuma Estadão Dados Nesse Trabalho e utilizada UMA FERRAMENTA Basômetro. Nela o Estação dispostos Gráficos los Opaco E Possível analisar a Atuação dos Deputados da governista base. DESDE 2011, QUANDO o Mecanismo começou a operar, FOI Possível compreender Localidade: Não apenas o AO ao declínio da Fidelidade a Dilma Como também hum Falta de efetividade da Oposição EO Crescimento da Unidade da bancada petista. Ou SEJA, AO VERIFICAR a Evolução Deusas Dados AO Leitor TEM UMA Definição de UMA Parte significativa Fazer Cenário Político na Câmara.

Para Toledo UMA grande importancia da utilização dessas Ferramentas na Produção Jornalística E o Reforço Fazer protagonismo dos Leitores: “Localidade:. Localidade: Não escrevemos UMA Matéria NEM fizemos hum infográfico, fizemos UMA FERRAMENTA A grande Diferença E Opaco NOS, enquanto Jornalistas ESTAMOS Abrindo Mão do Poder de Ser o narrador da História e transferindo ESSE Poder Parágrafo o Looks Favoritos “. Projetos parecidos com ESSE JÁ São desenvolvidos POR Jornais Como o The Guardiam EO New York Times, o Opaco Confirmação uma SUA Força Localidade: Não Jornalismo moderno.

Este E UMA Prática Visionária e desen Serviços adotada, o parágrafo Quanto Possível, Pelos Veículos de Comunicação por abrir Novos horizontes AO Eleitor, COMEU entao Pouco UO nada favorecido Pela Cultura Política predominaram. E UMA forma de garantir o Direito a Informação e revitalização da Democracia .

 

 

Las Chicas Poderosas – Jornalistas, feministas.

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Com o aumento da inserção das mulheres no mercado de trabalho, cada vez mais surgem jornalistas mulheres, feministas e com talentos equiparados, inferiores e maiores do que de qualquer homem. Segundo Mariana Santos, criadora do programa para jornalistas, mulheres ‘’Chicas Poderosas’’, as mulheres, diferentes do homem, se unem e disto partem suas forças e talentos cada vez maiores.

 

Partindo da ideia de que há a necessidade de não só as mulheres, mas sim o jornalismo como um todo se atualizar a nova era, digital. Santos lançou o programa, que tem como parceiro o ICFJ Knight International Journalism Fellowship. O projeto está operando em toda a América Latina para promover a capacitação e inclusão de mulheres nas áreas de tecnologia, especialmente nos meios de comunicação.

Santos diz que a mensagem do projeto é: “Guia-me, siga-me ou saia do meu caminho.”

“Pesquisas mostram que mulheres duvidam de suas capacidades e temem o fracasso mais do que os homens”, ela conta à IJNet.”Então nós criamos um lugar onde não há nenhuma expectativa, onde estamos todos na mesma sintonia –um grupo de pessoas que querem aprender e compartilhar um lugar de abertura sem julgamento.”

 

Desde maio de 2013, o movimento para treinar, engajar e inspirar mulheres jornalistas, designers, programadores e artistas chegou ao Chile, Colômbia e Costa Rica, com oficinas e oportunidades de aprendizado e networking.

Apesar de tanta feminilidade, o programa é aberto também para homens (afinal seria até machismo da parte delas, né?), oferecendo eventos gratuitos, com sobre temas como o jornalismo de dados e design interativo.

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JORNALISTA: MARIANA SANTOS – FUNDADORA DO PROGRAMA DE JORNALISTAS PARA JORNALISTAS ”CHICAS PODEROSAS”.

 

As hackatonas (hakers + internaltas), fomentam o desenvolvimento de ideias inovadoras. Durante um evento de três dias na Costa Rica, em julho de 2013, os participantes aprenderam a trabalhar em equipe, usar dados e criar visualizações, bem como assistiram a palestras de renomados jornalistas e desenvolvedores, incluindo a repórter investigativa Giannina Segnini,a desenvolvedora Irene Ros e a jornalista Nicola Hughes.

“O principal resultado das Chicas Poderosas é que desencadeou a paixão pela tecnologia e as muitas maneiras em que pode capacitar o jornalismo”, diz Segnini. “Compreender as possibilidades que temos agora é o primeiro passo para fazer o uso adequado das ferramentas que estão disponíveis.”  – Mariana Santos.

Banco de dados: uma maneira diferente de informar

Não quero dizer que os bancos de dados vão salvar o jornalismo, mas eles nos aproximam do futuro, que é digital. Abrir a mente para novas maneiras de fazer jornalismo é essencial.

Uma área temida por alguns jornalistas e, até então, também pouco explorada por eles, o jornalismo de dados vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, mas ainda não chegou onde deveria, segundo Pilhofer.  “Se você perguntar para um jornalista de um veículo impresso como funciona o processo de produção de seu jornal, com certeza ele vai saber responder. Mas se você questionar um jornalista de web sobre como é o funcionamento do site em que ele trabalha, ele provavelmente não vai saber te explicar. Isso precisa mudar”, afirmou.

O jornalismo de dados é realizado em três etapas: a captação dos dados, o tratamento desses dados e a narrativa feita a partir deles.

Para quem não tem conhecimento tão avançado sobre base de dados, ou não trabalha num grande jornal a dica é simples: é possível fazer uma boa matéria interativa, utilizando dados, com recursos simples oferecidos gratuitamente pelo Google, como o Google Fusion Tables, por exemplo (ferramenta utilizada para criar mapas interativos). Outro recurso é o uso das redes sociais. Durante as eleições presidenciais, foi criada uma conta no Instagram, que exibia fotos tiradas pelos leitores sobre diferentes situações do período eleitoral. Enfim, o essencial para a produção de um conteúdo com banco de dados de qualidade é apenas começar, sem desculpas.

 

A utilização de banco de dados no jornalismo não é algo novo,pois desde que as redações foram informatizadas ainda na década de 70 nos Estados Unidos e em parte da Europa no Brasil esse processo ocorre nos grandes jornais na década de 80. Para o jornalismo digital de terceira geração, nosso interesse especifico, pode se pensar na ideia de bancos de dados inteligentes e dinâmicos.

De onde vem a potência do jornalismo guiado por dados?

Em 2011, a jornalista e acadêmica alemã Mercedes Bunz publicou na Berliner Gazette um resumo de seu artigo “O segredo aberto: sobre a política da verdade no jornalismo de dados”, incluído num livro sobre o WikiLeaks. O texto não se detém muito sobre o caso do WikiLeaks propriamente dito, mas aponta as características principais do jornalismo guiado por dados e suas consequências para a imprensa como um todo.

Para Bunz, o jornalismo guiado por dados se caracteriza por abstrair conhecimento de grandes volumes de dados, levando em conta cinco fatores:

1° Os dados só preenchem critérios jornalísticos quando é possível obter conhecimento de interesse público a partir dos mesmos;

 

2°Além disso, é preciso classificar estes dados conforme sua confiabilidade, a partir pergunta “estes dados são confiáveis?”;

 

3°Assim como montanhas são frequentemente instransponíveis sem mapas, montanhas de dados também o são e o jornalismo deve cumprir seu papel de mediação cartografando-os;

 

4°Este tipo de jornalismo também se caracteriza pela apresentação visual da informação;

 

5°finalmente, a disponibilidade parcial ou total dos dados ao leitor é um aspecto fundamental

do jornalismo guiado por dados.

 

A emergência deste tipo de jornalismo seria um efeito, para Bunz, da digitalização: “Enquanto a industrialização permitiu que o jornalismo atingisse as massas, a digitalização permite que o jornalismo trabalhe com as massas.” Noutras palavras: crowdsourcing. As pessoas, as testemunhas deixam de ser o principal portador de informação para a reportagem e os documentos e meios de comunicação, como as redes sociais, assumem também o papel de fontes legítimas. Noutras palavras: algoritmos. O jornalismo guiado por dados seria também uma reação à crise do jornalismo investigativo, como propõem Lovink e Riemens na quinta de suas doze teses sobre o WikiLeaks.

A autora reconhece que a maioria dos dados divulgados pelo WikiLeaks não traz informação necessariamente nova. Assim como a Papelada do Pentágono não dizia nada de novo sobre a tragédia e o fracasso da Guerra do Vietnã, ninguém que acompanhe a política internacional pode se declarar realmente surpreso com o teor dos relatórios diplomáticos de embaixadas americanas vazados pelo WikiLeaks. Bunz se pergunta, então, de onde vem a força destas duas denúncias, que causaram comoção na imprensa e uma forte reação dos governos envolvidos?

O segredo estaria no caráter mesmo de materiais originais: “O material original é particularmente explosivo, uma força explosiva que ele empresta da realidade, do conhecimento e de sua materialidade.” Verdade e realidade são termos problemáticos do ponto de vista filosófico, pois algo pode nos parecer verdadeiro ou real sem de fato o ser, podem haver erros em nossa interpretação dos dados disponíveis no mundo. Os dados precisam ser, então, validados através da produção de conhecimento, do método científico:

Na medida em que o material original é verificado, os dados de tornam fatos. Não existem fatos incorretos, no máximo fatos incongruentes, isto é, fatos colocados no lugar errado. O fato, ele não é inverídico, ele não pode ser inverídico, no máximo falsificado — por isso ele precisa ser estabilizado através do conhecimento. A realidade do material original é atestada como genuína e se torna fato através do conhecimento — o segundo momento da força explosiva do material original.

Porém, isso que é atestado pelo processo de validação não é a informação contida no material original, mas a autenticidade do material. Os dados se tornam as testemunhas dos fatos — testemunhas muito melhores do que as humanas, aliás, porque não são mortais e não podem ser pressionados ou assassinados. Seu juízo não se modifica ao longo do tempo. “O material

original, mas a autenticidade do material. Os dados se tornam as testemunhas dos fatos — testemunhas muito melhores do que as humanas, aliás, porque não são mortais e não podem ser pressionados ou assassinados. Seu juízo não se modifica ao longo do tempo. “O material original é caracterizado por três momentos: ele documenta a realidade, é atestado como fato através do conhecimento e, devido à sua materialidade, permanece com substancial tenacidade.”

Bunz encerra o texto com uma discussão sobre o problema da despolitização e a transparência do poder. Ela acredita que o poder segue sendo poder, despolitizado ou não, e que o jornalismo guiado por dados, em sua forma explosiva de apresentação de material original, é uma das formas restantes de se revelar e responsabilizar o poder. Os dados são, hoje, um problema político.

Jornalismo de Dados: Diferentes maneiras de ser usado na Internet

Aron Pilhofer, editor de notícias interativas do jornal The New York Times, ministra curso em Curitiba e fala sobre o uso de dados para construção de notícias.


O editor de notícias do jornal norte-americano The New York Times, Aron Pilhofer, está em Curitiba nesta sexta e sábado (22 e 23). Ele ministra um curso para os alunos da Especialização em Produção e Avaliação de Conteúdos para Mídias Digitais da Universidade Positivo (UP). O assunto é o uso de dados e tecnologia na produção de notícias.

Pilhofer afirmou que o uso de dados no jornalismo permite a produção de matérias com mais embasamento do que aquelas que não utilizam esse tipo de produção. Isso significa que as notícias tradicionais, sem novos formatos ou interação com os usuários não chamam tanto a atenção. “Os bons profissionais que perceberem isso serão os que terão os melhores empregos”, disse.

Ele citou exemplos utilizados no próprio jornal norte-americano e no The Guardian, de Londres. “Nas eleições por exemplo, usamos uma pesquisa com os eleitores e isso foi transformado em um gráfico detalhado”, conta.

Uma das ferramentas mais simples apresentadas pelo editor foi o Excel. “Inserção e cruzamento de dados nessa ferramenta também podem ajudar os jornalistas na produção de matérias mais aprofundadas”, disse.

Novas formas interativas com o público leitor também foram apresentadas por Pilhofer. Ele comentou exemplos como um aplicativo que permite que leitores selecionem, em uma matéria de moda por exemplo, cores de vestidos que querem ver e fizeram parte dos eventos do Oscar. É uma forma diferente de fazer notícia. Você deve se perguntar o que tem de informação e o que pode fazer com ela. Pensar novas formas de interação”.

“Para construção de notícias interativas, você precisa de dados, design e um código. O desafio é fundir a narrativa tradicional com a interativa”, afirmou.

Aron Pilhofer é especialista em data driven journalism, uma vertente do jornalismo voltada ao uso de programação para criação de notícias multimídia e interativas. Como parte da redação do New York Times desde 2005 ele trabalha para aprimorar a narrativa jornalística do veículo online. Ele é um dos fundadores do projeto DocumentCloud, uma poderosa ferramenta online que permite a análise de documentos. Também está entre os criadores do grupo Hacks and Hackers, que tenta aproximar jornalistas da tecnologia da informação.

 

As contribuições da infografia para o Jornalismo Informativo

As contribuições da infografia para o jornalismo informativo e interpretativo  definições representação visual da informação que explora gráficos, mapas, tabelas, textos, imagens 3D, imagens em movimento para explicar determinado assunto. É utilizada em diversos meios de comunicação: audiovisuais (televisão), impressos (jornais e revistas) hipertextuais  

 Assemelha-se com uma reportagem: a estrutura deve contemplar Título, texto, corpo fonte e crédito do infografista , além de responder as questões clássicas do jornalismo (o que, quem, quando, como, onde e por que) 

 Função da infografia Facilitar a compreensão das informações, realizar comparações, descrever processos complexos (bolsa de valores, crise econômica), infografar notícias hard news ou atemporais, que pode acompanhar ou substituir o texto 

 Nomenclaturas Infoperiodismo (união de infografia + elementos jornalísticos) Jornalismo iconográfico (mescla com os códigos visuais icônicos ‘ mapas, gráficos, ilustrações, etc.) Infografismo , Infograma e gráfico explicativo : expressões gráficas das informações. 

 Na web Infografia interativa Multimídia Digital Animada Jornalísitica digital animada 

 Características Primar pela informação jornalística em detrimento da imagem; Rigor na apuração Veracidade dos fatos Checagem dos acontecimentos Se possível, visitar “in loco” o acontecimento Um infografista deve ser um jornalista que pensa visualmente . 

 Estas características se agrupam e se dividem de acordo com dois aspectos essenciais: a utilidade e a visualidade . (VALERO SANCHO, 2001) Rascunhos Leonardo da Vinci. “ As infografias se estabeleceram na imprensa ocidental como uma ferramenta de trabalho, e já habitual desde então, como um renascimento ou potencial gênero narrativo em pleno campo do jornalismo visual impresso, tão pouco desenvolvido até então .” (De Pablos, 1991) 

 A imagem gráfica como valor simbólico do jornalismo moderno uso de cores, textos curtos e gráficos .  

 “ O dinamismo estava na imagem , não só nos novos padrões das páginas, mas, principalmente, no uso da narrativa visual , o recurso que nos permite atingir a maior aproximação possível da sensação de movimento num veículo impresso ” (MORAES, 1998) 

 A visualização se propõe a reeorganizar as informações dados como fonte de informação. Os dados são notícia! 

 “ Este tipo de infografia em base de dados funciona, entre outras características, como um instrumento de análise da informação , distinto do que a literatura sobre infografia demonstra: de ser uma leitura rápida e simples de ser compreendida” (RODRIGUES, 2009) 

A infografia no jornalismo interpretativo surge com esta principal característica: fazer o leitor COMPREENDER visualmente a informação, conceitos complexos de interpretar. Classificação dos gêneros Informativo : nota, notícia, reportagem, entrevista; Opinativo: editorial, comentário, artigo, resenha, coluna, crônica, caricatura (charge), carta; Interpretativo: dossiê, perfil, enquete, cronologia Utilitário: Indicador (informações sobre órgãos governamentais, empresas, instituições, países, etc ); Cotação:dados sobre a variação de mercados: monetários, industriais, agrícolas. Roteiro : dicas de espetáculos, shows, programação de rádio, tv ou cinema; serviço (trata de proteger os interesses dos usuários dos serviços públicos, bem como dos consumidores de produtos industriais ou de serviços privados.A infografia, principalmente a multimídia, remete, dentro deste âmbito, a uma reflexão sobre a capacidade de poder ser vista cada vez mais como uma linguagem informativa jornalística independente , um gênero jornalístico que mais explora os recursos da web. 

 

A Infografia é Jornalismo?

Temos consciência que são diversos os contextos (publicitários, científicos, econômicos, etc.) em que encontramos a presença de informação visual. Podemos afirmar que a infografia é uma representação diagramática de dados, Valero Sancho (2008, p.21) define-a de uma forma mais complexa e com uma finalidade bem definida. Ou seja, para este autor a infografia consiste numa unidade informativa de elementos icónicos e tipográficos, que permite ou facilita a compreensão dos acontecimentos, ações ou aspetos mais significativos da atualidade, que acompanha ou substitui o texto informativo. Contrastando com as definições apresentadas, a definição conceptual de De Pablo( in CAIRO, 2008) defende a infografia como a apresentação impressa de um binómio: texto + imagem. Compreendemos que esta definição se enquadre com o aparecimento das imagens gráficas, mas consideramo-la mesmo assim, uma definição bastante redutora e um pouco ingénua na contextualização histórica em questão. Isto porque aceitamos que o produto infográfico tem na sua base a imagem e o texto, mas que estes não são os únicos intervenientes no processo de informação visual, como apresentaremos mais à frente, na abordagem dos diferentes níveis de linguagem (a impressa e a digital).

 

Então, quais serão as características que fazem da infografia uma parte essencial do jornalismo?  Partilhamos da opinião de Valero Sancho (2011, p.21), que o infográfico deve dar significado à informação atual, plena e independente, permitindo por si só a compreensão do acontecimento, através da tipografia e de elementos concordância. Encontramos nas caracterizações de Peltzer (1992) e Valero Sancho (2011, p.21) um carácter uniforme ao afirmar que a infografia agrega de fato todas as características, o que a torna uma parte fundamental do panorama do jornalismo atual.

 

Até ao momento verificamos que a infografia, através das suas características ganhou espaço e relevância como uma unidade discursiva jornalística, levando-nos a crer que esta é um género jornalístico importante e enriquecedor para o mundo online. Após uma década de existência como produto jornalístico no meio online, a infografia digital tem sido potencializa à custa da informatização das redações e da convergência do mundo editorial com o mundo audiovisual. Face à conjuntura atual da convergência de redações é previsível que nos próximos anos se assista a uma revolução na área da infografia digital. O que diferencia a infografia no contexto da linguagem jornalística online, reside no fato de seus dados se apresentarem de forma visual e estética aliada aos recursos multimídia e interativos, pela sua função informativa. Neste sentido, acreditamos que a infografia digital sobrevive enquanto genero ciberjornalístico, pois além de apropriar das características estruturais da infografia jornalística impressa.Ela agrega em si as potencialidades do meio digital (multimidialidade, interatividade, entre outras) permitindo que o utilizador desdobre o conteúdo informativo de uma forma personalizada e autónoma. Fato determinado através de uma das características mais relevantes da infografia digital: a interatividade.

A Infografia é Jornalismo?

Temos consciência que são diversos os contextos (publicitários, científicos, econômicos, etc.) em que encontramos a presença de informação visual. Podemos afirmar que a infografia é uma representação diagramática de dados, Valero Sancho (2008, p.21) define-a de uma forma mais complexa e com uma finalidade bem definida. Ou seja, para este autor a infografia consiste numa unidade informativa de elementos icónicos e tipográficos, que permite ou facilita a compreensão dos acontecimentos, ações ou aspetos mais significativos da atualidade, que acompanha ou substitui o texto informativo. Contrastando com as definições apresentadas, a definição conceptual de De Pablo( in CAIRO, 2008) defende a infografia como a apresentação impressa de um binómio: texto + imagem. Compreendemos que esta definição se enquadre com o aparecimento das imagens gráficas, mas consideramo-la mesmo assim, uma definição bastante redutora e um pouco ingénua na contextualização histórica em questão. Isto porque aceitamos que o produto infográfico tem na sua base a imagem e o texto, mas que estes não são os únicos intervenientes no processo de informação visual, como apresentaremos mais à frente, na abordagem dos diferentes níveis de linguagem (a impressa e a digital).

 

Então, quais serão as características que fazem da infografia uma parte essencial do jornalismo?  Partilhamos da opinião de Valero Sancho (2011, p.21), que o infográfico deve dar significado à informação atual, plena e independente, permitindo por si só a compreensão do acontecimento, através da tipografia e de elementos concordância. Encontramos nas caracterizações de Peltzer (1992) e Valero Sancho (2011, p.21) um carácter uniforme ao afirmar que a infografia agrega de fato todas as características, o que a torna uma parte fundamental do panorama do jornalismo atual.

 

Até ao momento verificamos que a infografia, através das suas características ganhou espaço e relevância como uma unidade discursiva jornalística, levando-nos a crer que esta é um género jornalístico importante e enriquecedor para o mundo online. Após uma década de existência como produto jornalístico no meio online, a infografia digital tem sido potencializa à custa da informatização das redações e da convergência do mundo editorial com o mundo audiovisual. Face à conjuntura atual da convergência de redações é previsível que nos próximos anos se assista a uma revolução na área da infografia digital. O que diferencia a infografia no contexto da linguagem jornalística online, reside no fato de seus dados se apresentarem de forma visual e estética aliada aos recursos multimídia e interativos, pela sua função informativa. Neste sentido, acreditamos que a infografia digital sobrevive enquanto genero ciberjornalístico, pois além de apropriar das características estruturais da infografia jornalística impressa.Ela agrega em si as potencialidades do meio digital (multimidialidade, interatividade, entre outras) permitindo que o utilizador desdobre o conteúdo informativo de uma forma personalizada e autónoma. Fato determinado através de uma das características mais relevantes da infografia digital: a interatividade.

Jornalismo de dados no Zeit Online

 

O projeto permite comparar padrões de vida em vários países. Utilizando dados do PISA, aborda um relatório sobre o nível da educação no mundo, publicado em 2010. O relatório se baseia em um questionário aplicado a crianças de quinze anos sobre as condições de vida delas.

A idéia surgiu com objetivo de fornecer e comparar os padrões de vida nós diferentes países. A equipe editorial decidiu os fatos que seriam úteis para tornar os padrões de vida comparáveis. Riqueza: Número de TVs, carros, situação familiar, percentual de famílias com apenas um filho, pais desempregados, acesso a internet. Esses fatos foram traduzidos em ícones. Uma programação de design foi construída para fazer comparações entre diferentes países. O resultado gerou muito tráfego na internet. É muito simples comparar os países, fazendo do aplicativo uma referência.

Através do Zeit Online, o projeto tem aumentado o tráfego e ajudado a envolver o público de varias formas. Como por exemplo, houve muita cobertura sobre a situação da usina nuclear em Fukushima depois do tsunami no Japão. As pessoas podiam ler um monte de coisas sobre as evacuações.

Há dois anos o departamento de pesquisa e desenvolvimento e o redator-chefe do Zeit Online, Wolfgang Blau, defendem o jornalismo de dados como uma importante maneira de contar histórias. Transparência, credibilidade e envolvimento do usuário são partes importantes da filosofia. Por isso o jornalismo de dados é uma parte natural do trabalho atual e futuro. Visualizações de dados podem agregar valor para a recepção de uma matéria e é uma forma atraente para toda a equipe editorial apresentar conteúdos.

 

Histórico do Jornalismo Guiado Por Dados no Brasil

Durante o governo de Fernando Collor como presidente, o jornalista Mário Rosa, funcionário do Jornal do Brasil, usou o sistema integrado de administração para verificar as fraudes na compra de leite em pó, então presidida pela primeira-dama, Rosane Collor.

Assinada pelo jornalista Mário Rosa, a matéria estava completa, com números de ordens bancárias. O acesso a esse sistema, que registra os gastos do governo federal, possibilita fazer uma analise de todos os pagamentos feitos aos fornecedores. Uma mina para os repórteres. O jornalismo ganhava uma importante fonte de informação. Na época, o acesso a este tipo de base de dados não podia ser visto por cidadãos e jornalistas. O autor da reportagem, Mário Rosa, só pôde realizar pesquisas, porque o então senador Eduardo Suplicy (PT-SP) emprestou a sua senha. A partir desta e de outras reportagens, o Governo Federal decidiu permitir oficialmente o acesso de jornalistas, tornando uma das primeiras bases de dados públicas. O diretor de redação do O Globo, foi outro repórter que nos anos 1990, usou a senha de um parlamentar para realizar pesquisas, em colaboração com o analista econômico Gil Castelo Branco, diretor da Organização Não-GovernamentalContas Abertas. Estes dois casos são os primeiros exemplos na história do jornalismo brasileiro.

Durante os anos 1990, repórteres como Fernando Rodrigues e José Roberto de Toledo, começaram a usar técnicas de RAC. A partir de 1998, Fernando Rodrigues construiu o banco de dados Políticos do Brasil. Em 2002, José Roberto de Toledo se torna um dos sócios-fundadores e vice-presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), entidade fundamental nós conceitos e técnicas da RAC no Brasil, tendo treinado vários jornalistas. A estrutura da Abraji se deu a partir de um seminário promovido pelo Centro Knight para o Jornalismo, os principais palestrantes foram Brant Houston, autor de um manual de RAC e o diretor do IRE, e Pedro Armendares, da organização mexicana Periodistas de Investigación. Embora seja uma associação voltada ao jornalismo investigativo em geral, a Abraji atuou na última década principalmente na divulgação da RAC e na defesa do acesso à informação.